Trilhas e travessias na Zona Oeste e Serra da Pedra Branca

Pensando em fazer uma trilha no Rio de Janeiro?

Nossa Equipe de Guias de Trilhas levará você para conhecer as mais belas trilhas e travessias do nosso estado.

Para você se situar melhor, em relação à trilha que deseja fazer, é bom saber que a maioria das trilhas do Brasil são hoje classificadas, considerando-se 3 (três) critérios:

Nível da caminhada – critério que considera somente o deslocamento a pé, em relação à extensão da trilha:

Nível de dificuldade – critério que considera o desnível de elevação da trilha; e

Grau técnico – critério que considera obstáculos transponíveis (árvores caídas, transposição de córregos e rios, etc), escalada sem uso de equipamento, escalada com uso de equipamentos e travessias de cavernas. 

Com isso, elas recebem a classificação seguindo as tabelas abaixo:

Caminhada Dificuldade

L (Leve)

1 (Fácil)

M (Moderada)

2 (Moderada)

P (Pesada)

3 (Difícil)

EP (Extra pesada)

4 (Extrema)

Grau Técnico

Obstáculos

G1

Escalada sem equipamentos

G2

Escalada com equipamentos

G3

Cavernas

G4

Desta forma, fica mais fácil você conhecer as características da trilha que deseja realizar.

Apresentamos a seguir, as trilhas mais frequentadas da Zona Oeste do Rio de Janeiro e do Parque Estadual da Pedra Branca. Escolha a sua e venha com a gente.

TRILHA DA PEDRA DO TELÉGRAFO

A Trilha da Pedra do Telégrafo é uma trilha muito frequentada por amantes de fotos ilusórias e de redes sociais, pois é lá que está localizada a famosa Pedra da Bigorna, que transmite uma ilusão de que a pessoa está prestes a cair na beira de um penhasco, mas que na verdade, está a menos de dois metros do solo.

O seu acesso se dá a partir da Praia da Barra de  Guaratiba.

Ela é considerada uma trilha leve. A Pedra do Telégrafo só é acessada por meio de escalada e uma bandeira nacional marca o seu cume, que fica aos 354 metros de altitude. Já a Pedra da Bigorna, na qual se fazem as fotos ilusórias, está um pouco mais a frente, se chega a pé e é facilmente identificada, devido ao seu formato de bigorna.

Duração – De 2 a 3 horas (ida e volta)

Classificação – L1

TRILHA DA PEDRA DA TARTARUGA

A Pedra da Tartaruga é um excelente mirante para se apreciar a vista da Praias Selvagens da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ela é também muito usada para a prática de rapel (ver Rapel).

O acesso da sua trilha é o mesmo da Trilha da Pedra do Telégrafo, sendo que em determinada parte do  percurso, existe uma bifurcação, da onde se vai para a Pedra da Tartaruga. A trilha já é mais exigente e existem trechos de trapa-pedras. Ao final, se contempla a bela vista das Praias Selvagens.

Duração –  De 2 a 3 horas (ida e volta)

Classificação – M2

TRILHA DAS PRAIAS SELVAGENS

As Praias Selvagens ficam dentro do Parque Estadual Pedra Branca, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. São quase intocadas e possuem águas cristalinas. Uma excelente opção para quem quer muita tranquilidade e fugir da agitação.  A trilha passa pelas seguintes praias:

Praia do Perigoso, Praia do Meio, Praia Funda e Praia do Inferno.

O ponto mais visitado das Praias Selvagens, além das praias em si, é a chamada Pedra da Lua, uma curiosa  formação rochosa à beira do mar, entre a Praia Funda e a Praia do Inferno. Tendo a sua superfície, cheia de pequenos furos, ela possibilita a criação de imagens incomuns, fruto de ilusão de ótica, e que viralizam nas redes sociais. Lá, o visitante pode ficar “gigante”, pode “perder a cabeça” e tirar selfies com braços “enormes“.

Uma curiosidade histórica dessas praias é que elas  foram usadas pelo corsário francês Jean-François Duclerc para realizar uma tentativa, sem sucesso, de invasão do Rio de Janeiro, em agosto de 1710.

Duração – De 3 a 4 horas (ida e volta)

Classificação – M1

TRILHA DO PICO DA PEDRA BRANCA

O Pico da Pedra Branca é o ponto mais alto da Cidade do Rio de Janeiro. Com seus 1.024 metros de altitude, ele é o ponto principal do Parque Estadual Pedra Branca, só é maior que o Pico da Tijuca por causa de uma pedra de 3 metros de altura existente no seu cume, que é rodeado de vegetação. Porém, de cima da pedra, é possível avistar os bairros de Campo Grande, Bangu, o Maciço do Mendanha, parte da Baixada Fluminense, da Vargem Grande, o Recreio e Restinga da Marambaia.

A sua trilha se inicia na Sede-Núcleo Pau da Fome, em Jacarepaguá. Ela é pouco sinalizada, tem várias bifurcações, é longa, e com trechos de grandes aclives. Ao longo dela, aprecie a Mata Atlântica, os mirantes naturais, rios cristalinos e cachoeiras.

Ao longo do percurso existe a Casa Amarela, construída em 1920. De estilo colonial, ela foi sede do antigo Sítio Santa Bárbara, sendo um testemunho de como viviam os pequenos agricultores de Jacarepaguá. 

Duração – De 4 a 6 horas (ida e volta)

Classificação – P1

TRILHA DA CASA AMARELA

A Trilha da Casa Amarela, a antiga sede do Sítio Santa Bárbara, segue o mesmo caminho da Trilha do Pico da Pedra Branca, ficando a meio caminho daquele pico.

É uma excelente opção para quem quer fazer uma trilha mais curta na região, sem deixar de desfrutar as maravilhas que a natureza oferece. 

Duração – De 2  a 3 horas (ida e volta)

Classificação – M1

TRILHA DO AÇUDE DO CAMORIM

Dentro do Parque Estadual da Pedra Branca, junto a Sede-Núcleo Camorim, encontra-se o Açude do Camorim, com um volume de 210.000 m³ de água e uma profundidade de 18 metros. Localizado numa altitude de 435 acima, o açude tem um quarto do tamanho da Lagoa Rodrigo de Freitas. Ele foi planejado por Sampaio Corrêa e construído por Henrique de Novaes em 1908.

A trilha se inicia na sede do parque, no Núcleo Camorim, no bairro de mesmo nome. É leve no início e moderada no final, bem sinalizada, e com alguns trechos de trepa-pedras. O banho nestas águas, no entanto, não é permitido, já que o açude abastece parte da região da Zona Oeste, porém o visitante pode se refrescar nas cachoeiras do Véu da Noiva e do Camorim, existentes ao longo da trilha.

Duração – De 3 a 4 horas (ida e volta)

Classificação – M2

TRILHA DAS PEDRAS DO OSSO E “JESUS VEM”

A Trilha da Pedra do Osso e da Pedra “Jesus Vem” é uma interessante caminhada pelas Serra do Barata, localizada também no parque Estadual da Pedra Branca, e é intercalada por diversos grandes e curiosos blocos de pedra.

O maior deles, a Pedra “Jesus Vem” é um grande bloco com uma inscrição “Jesus Vem” pintada na sua face norte, com letras de 3 metros de altura cada uma. No seu cume se chega por uma fácil escalada com apoio de um cabo de aço, de se tem uma bela vista dessa parte do parque e dos bairros de Realengo e Bangu.

Na mesma trilha, um pouco antes, a Pedra do Osso se apresenta como um grande monólito de pedra que lembra um osso. Ela curiosamente se equilibra de maneira espantosa sobre a sua pequena base.

O acesso a ela se da pela Sede-Núcleo Piraquara, do Parque Estadual da Pedra Branca, no bairro de Realengo. Desse ponto, a trilha segue sobre o Aqueduto do Barata, que foi construído na década de 60 pelo governador Carlos Lacerda para o abastecimento de água da Zona Sul e Barra da Tijuca. A trilha segue então, de forma moderada, até as formações rochosas.

Tanto essas pedras, como o aqueduto, são também muito utilizados pelos praticantes de Rapel (ver Rapel).

Duração – De 4 a 5 horas (ida e volta)

Classificação – M2

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